PARAÍSO (RAY, 2016) - CINEMA EM UM PARÁGRAFO


Paraíso foi o concorrente Russo ao Oscar, mas ficou fora da lista final. 





Temos aqui mais um filme sobre holocausto. Porém "mais um" não é uma boa expressão neste caso. Há uma tentativa de produzir algo diferente e sentimos a todo instante a mão do diretor Andrey Konchalovskiy, premiado no Festival de Veneza por este trabalho. A fotografia em preto e branco e a razão de aspecto mais quadrada são os aspectos mais evidentes. Além deles, a movimentação da câmera - quase sempre parada - e os enquadramentos, por vezes intencionalmente errados, também dão o tom em Paraíso. Título que soa irônico nas primeira cenas e multissignificativo ao longo da obra. A estrutura de depoimentos, um quase documentário fake, serve como base para para a história e o locus daqueles discursos é no mínimo exótico. Acompanhamos três personagens de forma humana e complexa. Todos têm camadas que rejeitam soluções fáceis. Apesar da bela construção, as duas horas pesam e algumas cenas sobram. O ritmo, portanto, tem algumas truncadas, que mesmo sendo intencionais ultrapassam a barreira do bom incômodo. Por tudo isso, será visto como obra-prima por alguns e tédio inenarrável por outros. NOTA: 4/5


Leia os nossos textos sobre outros ótimos filmes indicados pelos respectivos países ao Oscar, mas que ficaram de fora da lista final:

Neruda - Chile

Julieta - Espanha

Sieranevada - Romênia

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Confira também o link com as nossas críticas sobre os indicados das outras categorias

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